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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Caso serial killer de Goiânia: Tiago Henrique será levado a mais um juri popular


O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, decidiu levar Tiago Henrique a mais um juri popular, pelo homicídio duplamente qualificado contra a jovem Ana Karla Lemes da Silva, de 15 anos, no dia 15 de dezembro de 2013 no Setor Jardim Planalto.
No primeiro interrogatório em que o vigilante confessou 39 mortes na capital e região metropolitana de Goiânia, Ana Karla foi tida como a 16ª vítima. O Ministério Publico do Estado de Goiás pediu a pronúncia do serial killer por alegar a comprovação da mentalidade e autoria do crime, “além de terem restado comprovadas as qualificadoras”. Quanto a defesa, foi requerido o conhecimento da Semi-imputabilidade de Tiago, tendo por base o laudo da sanidade mental realizado no inicio deste ano.
Jesseir Coelho negou o pedido da defesa quanto a sanidade mental de Tiago, uma vez que o documento expedido pela Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás concluiu que o serial killer não é portador de doença mental, tal como desenvolvimento mental incompleto. De acordo com o laudo, o que Tiago possui é Transtorno de Personalidade Antissocial, popularmente conhecido por psicopatia. Como no período das mortes ele era capaz de entender o caráter ilícito de seus atos e de acordo com a medicina a psicopatia ainda não é uma doença mental, não existem apoios para alegação de semi-imputabilidade, “foram verificados traços de personalidade pouco acessíveis a intervenções medicamentosas, o que denota pouca possibilidade de responder aos tipos de tratamento existentes e, por conseguinte, aumenta significativamente a possibilidade de reincidência criminal” completa o magistrado.

Ao analisar as provas levantadas durante as investigações, o juiz constatou também a condição necessária para a pronúncia, por entender a materialidade e os indícios da autoria de Tiago Henrique no crime. Destaque para a confissão de serial killer em seu primeiro depoimento e o Laudo do confronto microbalístico, que confirmou que o projetil que matou Ana Karla saiu da arma encontrada dentro do guarda-roupa do ex vigilante. 
Bloody Knife