Na tarde de hoje (28), Tiago Henrique Gomes da Rocha compareceu na 2ª Vara Criminal de Goiânia para esclarecimentos referente ao crime que vitimou o vigilante Aleandro Santos Miranda, no dia 20 de novembro de 2011, por volta das 17:30.
Tiago Henrique foi denunciado pelo Ministério Publico por homicídio qualificado com motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a chance de defesa da vítima. Quanto a sua defesa, Tiago disse que tomou conhecimento deste crime na delegacia e que foi vítima de coação. Quanto a conhecer Aleandro, o suposto serial killer usou o termo "nada a declarar".
Três testemunhas foram intimadas e uma não localizada, porém apenas dois funcionários da mesma empresa compareceram: Ênio Bertine e Andre Luiz da Silva. Nenhum dos depoentes conheciam Tiago e também não se recordavam da vítima, isso porque devido a rotatividade de funcionários era difícil conhecer e lembrar o nome de todos.
De acordo com Ênio, era pouco antes das 18h quando se preparava para assumir o posto em uma faculdade quando viu seu colega correndo avisar: "Ênio mataram um porteiro", por terem hábitos de brincadeiras diversas, Ênio a princípio pensou que fosse alguma "pegadinha". Mas, foi ao perceber o desespero de Daniel (primeira pessoa a ver Aleandro) que saiu correndo em direção ao local do crime. Por ter porte de arma liberado apenas em serviço, uma viatura da polícia que passava próximo o parou para saber o motivo de estar correndo com uma arma em punho, foi neste momento que os policiais os acompanharam e todos puderam ver, pela janela, o corpo de Leandro caído numa sala.
Rumores levavam a crer que Aleandro tinha sido morto por arma de fogo, porém quando a perícia chegou ao local pode confirmar que o crime foi praticado com uma arma branca.
André Luiz recorda que ao olhar pela janela percebeu que Aleandro estava ensanguentado, mas não era notável o ferimento e só horas depois soube que o vigilante foi a óbito por diversas facadas.
Daniel, vigilante que faria rendição e primeira pessoa a ver Aleandro não foi localizado e por isso não compareceu para dar seu depoimento.
Entenda o ambiente de trabalho
Apesar de ser uma mesma empresa, haviam postos de trabalho diferentes, isso porque existe a seguinte divisão: 2 seguranças no período diurno e 3 vigilantes noturnos a serviço de uma Faculdade e 1 vigilante durante o dia e 2 durante a noite em um galpão de uma empresa de refrigerantes, os postos de serviços eram divididos por uma cerca.
O crime ocorreu no galpão da empresa de refrigerantes, localizada na Avenida Perimetral Norte, mas os intimados e primeiras pessoas a verem o corpo de Aleandro prestavam vigilância para a faculdade ao lado.