Nesta tarde, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha compareceu na 1ª Vara Criminal de Goiânia e participou da audiência referente a morte de Beatriz Cristina Oliveira Moura, de 23 anos, morta no dia 18 de janeiro de 2014, no Setor Nova Suíça,enquanto ia a uma panificadora.
Jesseir Coelho de Alcântara, juiz da 1ª cara, receberá o depoimento de Tiago por meio de uma carta escrita a próprio punho, que será feita nos próximos dias. Isso porque devido a presença da imprensa, o vigilante se sentiu pressionado, após o recebimento e leitura da carta, o juiz concluirá se o suposto serial killer irá ou não para o juri popular. Lembrando que em oito casos já ouvidos, juri popular foi a decisão do magistrado.
Tiago não fez confissão, mas também não negou a autoria do fato. O promotor de justiça Cyro Terra Peres chegou a mostrar a Tiago algumas foto da vítima para que ele tentasse se recordar e pudesse falar algo sobre o caso, mas a resposta de Tiago a isso foi: "queria poder explicar, mas assim não consigo. Posso escrever para o senhor?”. O suposto serial killer disse ter arrependimento dos crimes que cometeu e repetiu a alegação de que estava tomado por bebidas alcoólicas nos momentos dos assassinatos e por isso não se recordava com perfeição dos momentos, inclusive, usou o termo "alucinado" para explicar um pouco do que antecedia os crimes.
Foram ouvidas 3 testemunhas em relação a este caso. Lorena Eterna ( irmã de Beatriz), Sônia Maria (tia) e o senhor Thomaz Laurentino (uma das primeiras pessoas a ver Beatriz ferida).
Lorena disse estar em casa, a poucas ruas do ocorrido, quando recebeu uma ligação, por volta das 8:30 da manhã daquele domingo, informando que sua irmã tinha sido baleada, já Sônia estava em sua casa arrumando para ir a casa onde Beatriz morava com os avós maternos, para comemoração de um aniversário, quando foi surpreendida com noticia da morte de Beatriz.
Ambas descreveram a vítima como uma pessoa de boa índole, uma jovem religiosa e muito querida por todos, o senhor Thomaz reforçou isso em seu depoimento ao afirmar que nunca havia ouvido comentários relacionando o nome da vítima com coisas negativas. Beatriz, tinha parados os estudos mas estava com planos de retornar a escola e concluir seu ensino médio, órfã de mãe desde pequena e criada com os avós, Beatriz cuidava de seus entes com muito amor, o sobrinho de 8 anos de idade a chamava de mãe, isso porque foi ela quem sempre ofereceu os cuidados e esteve mais próxima ele.
Thomaz disse não ter visto o crime, mas ouviu os disparos e quando chegou na porta de sua casa, deparou com a jovem agonizando no chão, de acordo com ele, o socorro só apareceu no local cerca de uma hora depois da tragédia, quando Beatriz já estava sem vida. Os comentários surgiram, enquanto umas pessoas falavam que um jovem em uma moto vermelha foi quem efetuou o disparo, outros diziam ser dois rapazes em uma moto, mas tudo foi esclarecido com a prisão de Tiago e o com o que talvez seja a principal prova deste homicídio, o confronto microbalístico apontando que o tiro que matou a jovem saiu da arma que estava em poder de Tiago.
Rosirene Gualberto da Silva
A primeira audiência de Tiago ocorreu no dia 12 de janeiro, também na 1ª Vara Criminal de Goiânia, mas com o juiz Eduardo Pio Mascarenhas. Nesta tarde, a irmã de Rosirene, Rossilda Gualberto e o irmão, Henrique Gualberto, que já haviam comparecido anteriormente retornaram ao fórum para que pudessem gravar novamente o depoimento dos menos, Tiago não voltou a sala para falar a respeito deste caso porque considerarão o primeiro depoimento.
Não foram apresentadas novidades, apenas ditas novamente como ocorreu o assassinato e como era Rosirene como pessoa, como irmã, como filha e como uma mãe.
Rosirene Gualberto foi morta no dia no dia 19 de julho, no Setor dos Funcionários. Rosirene e Rossilda estavam a caminho da casa de dança Viola de Prata, quando foram abordadas por um motociclista que deu voz de assalto, antes mesmo de pegar a chave do carro para entregar ao suposto assaltante, Rosirene levou um tiro que a atravessou e chegou a ferir sua irmã. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Confira no vídeo abaixo o depoimento de Tiago e a coletiva de imprensa com o juiz Jesseir.