O Vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha foi surpreendido durante uma revista dos agentes penitenciários, minutos antes de entrar no veículo que faria o transporte da Penitenciaria Coronel Odenir Guimarães ao Tribunal de Justiça de Goiás, Tiago portava um o cabo de uma escova de dente com ponta afiada, dentro de sua peça íntima. A descoberta da arma branca foi feita por Moacir Crispim de Souza Júnior, aparentemente Tiago tinha intenção em ferir alguém, foi aberto um processo disciplinar ao detento. Em explicação, Tiago disse que o objeto se tratava de uma proteção, uma vez que alega se sentir ameaçado por outros presos, disse que também que iria jogar fora mas acabou "esquecendo ele dentro da cueca”.
Ao chegar no fórum Dr. Heitor de Moraes Fleury, localizado no Setor Oeste, o juiz da 1ª Vara Criminal, Jesseir de Alcântara Coelho, fez a apresentação do objeto a todos os presentes e seguiu a audiência relativa a morte de Bruna Gleyciele, no dia 3 de maio do ano passado, ao juiz o serial killer falou pouco, repetindo apenas o já dito em outras audiências, o que se recorda são de apenas alguns flashes.
Em depoimento, Tiago disso que saiu de um bar no centro da capital, onde havia feito consumo de bebidas alcoólicas quando viu Bruna em um ponto de ônibus da Avenida T9, apesar de não rememorar a voz de assalto antes de desferir um disparo em Bruna, relevou que só soube da morte da jovem no dia seguinte, pelo jornal, isso porque após dar o tiro o vigilante subiu em sua moto e seguiu para sua casa.
Bruna não estava sozinha no ponto de ônibus naquele momento, ela estava acompanhada por Alexsandro Francisco Araújo que reconheceu Tiago pelos noticiários, a voz de os traços faciais eram idênticos aos do assassino da jovem. Aquele momento em que os colegas de trabalho saiam da acadêmia e retornavam à suas casas, quando ao serem surpreendidos por uma voz de assalto, não havendo tempo para reação, o jovem se vê com a colega baleada em seus braços, Alexsando ainda acrescentou que Tiago chegou a apontar a arma em direção a sua cabeça, mas ele pediu que o serial killer não atirasse, foi nesse momento que o vigilante evadiu-se do local.
Ainda perdido naquela situação, Alexsando voltou a acadêmia e pediu que avisassem a família de Bruna sobre o ocorrido. Os pais da jovem também prestaram depoimento, o pai de Bruna, Clinge Gonçalves, um policial militar aposentado, se emocionou ao falar da filha, a descrevendo como uma pessoa alegre, trabalhadora e com muitos sonhos, um deles era cursar graduação em Educação Física. Marlene Sousa, mãe da vítima, relembrou o momento em que recebeu a ligação informando a morte da filha, muito chorosa, ela esteve o tempo todo com uma agenda em mãos, uma agenda com a foto da filho e o neto.
O delegado de polícia Eduardo José Prado participou das investigações e também testemunhou sobre esse caso, segundo o delegado não restam dúvidas sobre a autoria de Tiago nesta morte, "ele [Tiago] mantinha um padrão de comportamento nos crimes. Além disso, as imagens de câmeras de segurança, mostrando a postura ao dirigir a motocicleta, o jeito de andar e todas as características da motocicleta que utilizava comprovam que ele é o autor de todos os assassinatos”.