O personal trainer Alexandre Lopes de Padua Arcenio, de 31 anos, é suspeito por uma série de crimes contra a vida a três garotas de programa, sendo duas mulheres e um transexual, após cometer os assassinatos, Alexandre levava a chave da mesmas consigo, o que encarava como uma espécie de troféu, segundo a delegada Ana Claudia Machado, responsável pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Paraná.
O suposto serial killer foi preso em sua residência na cidade de Curitiba, no final do mês passado. Em declarações oficiais, o personal trainer disse que fazia uso de um golpe de jiu-jitsu, popularmente conhecido por mata-leão, quanto a acusação das mortes ele nega ser essa sua intenção, a abordagem era, segundo ele, apenas para desmaiar as vítimas e roubar seus pertences, uma atitude desesperada promovida por uma dificuldade financeira que ele vinha enfrentando.
A delegada esclareceu que "por mais que ele negue a intenção de matar, não acreditamos nessa negativa. Para a investigação, o Alexandre é um serial killer tradicional, com táticas específicas de caça às vítimas e de execução [...] Ele afirmou no interrogatório que chegava a vomitar quando se recordava dos crimes. Mas, se realmente houvesse esse arrependimento, ele teria parado com isso. Agora investigamos se o Alexandre está envolvido em outros crimes."
A Investigação
As primeiras suspeitas da ação de um serial killer surgiu após uma sequencia iniciada em 16 de março, deste ano, quando encontraram Taís, de 28 anos, em seu apartamento já em estado de decomposição, detalhes como o fato dela estar despida sobre a cama com os pés e mãos amarradas chamaram a atenção dos investigadores.
Dia 21 de março, a também garota de programa identificada como Jaqueline, de 42 anos foi encontrada em uma cena semelhante a de Taís. Os crimes não ocorriam em locais aleatórios, todos foram praticados nos locais que as vitimas usavam para seus encontros com os clientes. "A tática era sempre a mesma. Ele procurava as vítimas pelo Google, por meio de anúncios de garotas de programa e transexuais, e marcava os encontros [...] devido à profissão delas, Alexandre tinha conhecimento de que essas pessoas guardavam dinheiro em casa. Então, além de satisfazer seu prazer por matar, ele ainda conseguia, como uma espécie de bônus, objetos de valor e dinheiro", afirmou a delegada.
Mas foi em 16 de abril, que ao localizarem a terceira vitima, Mel de 36 anos, que os pontos entre os crimes foram se ligando e a polícia passou a trabalhar com a hipótese de um serial killer, afinal, era a terceira garota de programa encontrada morta, em circunstancias similares e nos seus locais de trabalho.
A localização de Alexandre foi ágil devido aos registros encontrados nas câmeras de seguranças próximas aos locais onde os crimes foram praticados, as imagens mostraram um homem usando uma camiseta que levava o nome de uma academia, academia essa onde era local de trabalho de suposto serial killer.
Ao realizarem buscas na casa do acusado, encontraram com ele alguns pertences das vitimas, como celulares, documentos pessoais, cordas para estrangulamento e o talvez primordial para este esclarecimento, as chaves dos apartamentos onde as vítimas foram encontradas.
O modo de ação de Alexandre ficou claro, apos a denuncia da transexual Camilly, 22 anos, a jovem disse que após marcar um encontro por meio do aplicativo de celular Whatsapp e se encontrarem, Alexandre se mostrou carinhoso ao longo de toda a noite, com diversos elogios, foi quando Camilly acabou sendo surpreendida, após lhe dar um beijo na bochecha, ele lhe aplicou um mata-leão no pescoço – frieza que reforça a tese de serial killer abraçada pela investigação. A garota de programa alegou não ter dúvidas de que seu agressor é o personal trainer.
Alexandre Arcenio aparentemente vivia uma farsa, isso porque suspeitam até mesmo da autenticidade de seu diploma como graduado em Educação Física, além disso, a delegada afirma que ele tinha uma vida dupla: emprego e namorada durante o dia e encontro com garotas de programas e assassinatos pela noite.