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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Adiado interrogatório com Tiago e suposta mandante em crime de pistolagem

Nesta tarde ocorreu a segunda audiência relacionada a morte do empresário Denilson Ferreira de Freitas, o crime se passou na Rua 23, no Setor Central, por volta das  23h30 do dia 28 de fevereiro de 2014. O inquérito apresenta um fato inédito em relação ao Caso Tiago Henrique, uma mandante, diferente das outras motivações as quais estamos acostumados a acompanhar, esse caso tem relação com o crime de pistolagem.
A audiência foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, teve Maurício Gonçalves de Camargo na promotoria de justiça, Brunna Moreno na defesa de Tiago Henrique Gomes da Rocha e Flávio Cardoso e Pedro Henrique Silva Souza na defesa Waldirene Oliveira Manduca, suposta mandante e ex-esposa da vítima.
Devido o fato de Tiago Henrique estar preso e Waldirene Manduca em liberdade, o juiz Jesseir determinou o desmembramento do processo. Hoje foram ouvidas 4 testemunhas de acusação arroladas ao processo: a Delegada Silvana Nunes Ferreira e as funcionárias de Denilson e Waldirene: Soneide Moreira dos Santos, Geugiana Silva Fernandes e Fabrícia Neres dos Santos.

Interrogatório com a Delegada Silvana

A Dra. Silvana iniciou sua fala esclarecendo que no dia que o crime aconteceu ela ainda não estava lotada na DIH (Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios), porém ela assumiu a DIH dias depois e foi quem deu continuidade no inquérito. Denilson foi morto com um tiro na cabeça, porém o projétil que o transfixou não foi localizado pela equipe que periciou a cena do crime. A Dra. Silvana apontou que devido a condição do crime, o horário que a equipe chegou e também a aglomeração de "curiosos", foi impossível preservar a cena do crime com perfeição e por isso essa parte do trabalho da perícia ficou prejudicada, entretanto, a presença de Tiago no local foi comprovada por meio do colhimento da digital em uma lata de cerveja encontrada na Lanchonete Tocantins. Lanchonete dada pelo empresário à Waldirene na divisão de bens do casal.


Interrogatório com as funcionárias

As três funcionárias  ouvidas (Soneide, Geugiana e Fabrícia) foram coerentes ao descrever o momento antes e após Denilson ser baleado. De acordo com elas, Denilson era procurado a um certo tempo por um rapaz de perfil físico muito parecido ao do Tiago. No dia do crime, este rapaz apareceu no restaurante Cabanas 23 e como de costume perguntou por Denilson, o mesmo não estava no local e com essa informação o suposto autor do crime se retirou do estabelecimento, porém ele não foi para casa, ele foi para a lanchonete de Waldirene. Claudio Martins, funcionário do restaurante, se dirigiu a lanchonete Tocantins (os funcionários prestavam serviço tanto ao restaurante quanto a lanchonete, devido a proximidade entre as empresas) e ao chegar na lanchonete Waldirene perguntou por Denilson, foi aí que Cláudio respondeu que por causa de sua ausência do restaurante, Denilson havia assumido o caixa, no mesmo minuto que disse isso, o rapaz que estava sentado soltou a latinha de cerveja e o copo em que a bebia, subiu na moto, foi ao restaurante Cabanas 23 e no caixa deu voz de assalto. A princípio pensaram se tratar de uma brincadeira, mas mal tiveram tempo de digerir a situação e Denilson já estava caído no chão com sangramento na ferida e na boca.
Ao ser informada Waldirene foi ao local e se desmanchou em prantos, a ex-esposa também compareceu no velório bastante abatida, conforme depoimento. O que intriga os investigadores do caso é que as imagens da câmera de segurança que registraram o crime simplesmente desapareceram. Os técnicos da empresa de segurança excluíram qualquer possibilidade de falha no equipamento, o que resta é compreender qual o interesse que alguém teria em apagar este registro que seria uma prova essencial para o esclarecimento do fato. 
Em meio ao sofrimento pela perda de seu amado, Waldirene ainda pegou os documentos e pertences de Denilson, que só devolveu devolveu a família meses depois.

Entenda o crime

O casamento de vários anos acabou após o empresário descobrir a traição de sua esposa, foram momentos turbulentos que sucederam o divórcio, Denilson teve um breve relacionamento com uma jovem de 17 anos, em que chegou à colocar em sua casa, de acordo com uma funcionária do casal, a jovem trabalhou no restaurante por quase 2 meses e apesar de se chamar Caroline, todos a conheciam por Taís. Até o momento ela não foi localizada e por isso não está arrolada ao processo, sabe-se apenas que após o término de seu namoro com a vítima ela retornou para estado da Bahia.
Brigas devido a separação de bens eram constantes, o grande lucro do restaurante em relação a lanchonete pode ter sido uma das razões que dêem sentido ao caso.

Ao que parece, o relação entre Tiago e Waldirene era algo já existente bem antes dessa tragédia. No depoimento inicial de Tiago ele diz que sempre passava na lanchonete de Waldirene  e por isso acabou criando um coleguismo com ela, de tanto ouvir reclamações de a ex-esposa sobre a vítima, em um momento ela disse que queria que ele morresse, Tiago então levantou a possibilidade disso ocorrer e se prontificou a fazer isso acontecer, a suposta mandante do crime concordou e foi aí que Tiago passou a frequentar o restaurante e acompanhar de perto a rotina da vítima. 
Averiguando as contas bancárias do empresário, foi constatado que um dia após sua morte houve um saque no valor de mil reais, valor esse que a suposta mandante teria retirado para pagar Tiago, vale ressaltar que a defesa já informou que Tiago nunca recebeu nenhuma quantia por isso. Ou seja, além de solicitar a morte de do marido, ainda não pagou pelo "serviço contratado", (lembrando que até o momento essa é apenas uma versão). Após isso Tiago ainda teve contato com a ex-esposa da vítima e entre as conversas estava o andamento das investigações que apuravam a morte do empresário.
Agora, falta apenas que o juiz da Comarca de Ceres - GO interrogue a testemunha Cláudio Márcio Martins, que pode ser uma das peças-chave para o esclarecimento e conclusão de tudo, e anexem mais este documento ao processo e haja a juntada de diligências solicitadas pela defesa da suposta mandante do crime, para que Tiago Henrique e Waldirene Manduca possam ser ouvidos na Comarca de Goiânia e assim abra vista que encaminhe ao fechamento do processo.


O que houve na primeira audiência desse caso?


No vídeo abaixo confira o momento em que Tiago compareceu na sala de audiências para que fosse informado sobre os seguimento desse caso. Reforçando que Tiago Henrique não foi ouvido pelo juiz.

Coletiva de imprensa com o Juiz Jesseir Coelho de Alcântara



Bloody Knife